Zona Euro
A Zona Euro,[7][8] oficialmente designada por Área do Euro,[9][10] e também coloquialmente referida como Eurozona, refere-se a uma união monetária constituída por 20 Estados-membros da União Europeia que adotaram oficialmente o euro como moeda comum. A entidade máxima que regula toda a política monetária é o Banco Central Europeu, sediado em Frankfurt, Alemanha. A Zona Euro é a segunda maior economia do mundo, segundo estimativas da Agência Central de Inteligência (CIA) para 2013.[11] A Suíça e o Liechtenstein, que não são membros da União Europeia e nem adotaram o euro como a moeda local, continuam a usar o franco suíço. A Noruega não é membro da União, tendo rejeitado a adesão em dois referendos. Os membros da Zona Euro têm de respeitar o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) e manter o seu défice público abaixo de 3% do produto interno bruto (PIB). Se não o fizerem, ficarão sujeitos a multas. O pacto de estabilidade e crescimento proíbe também uma dívida pública superior a 60% do PIB. MembrosMembros fundadoresEm 1998, onze Estados-membros da União Europeia estabeleceram um conjunto de critérios de convergência para a adoção do euro, tendo sido oficialmente criada a Zona Euro a 1 de janeiro de 1999, com a introdução da moeda. Naquela data, as notas e peças metálicas começaram a ser fabricadas em 11 países (Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal). A nova moeda passou a circular em 1 de janeiro de 2002.[12][13] A Grécia ingressou na Zona Euro a 1 de janeiro de 2001; a Eslovénia, a 1 de janeiro de 2007; Chipre e Malta, a 1 de janeiro de 2008; a Eslováquia, a 1 de janeiro de 2009; a Estónia, a 1 de janeiro de 2011; a Letónia, a 1 de janeiro de 2014; a Lituânia, a 1 de janeiro de 2015; e a Croácia a 1 de janeiro de 2023. Atualmente, dos 27 Estados-membros da União Europeia, 20 adotaram o euro como a moeda oficial. A população total da Zona Euro supera os 326 milhões de habitantes.
AlargamentoOito países da UE não adotaram o Euro como moeda oficial: Bulgária, Chéquia, Dinamarca, Hungria, Polónia, Roménia e Suécia. A Croácia aderiu ao euro em janeiro de 2023, de modo que desde setembro de 2022, a transição foi preparada com a exibição simultânea dos preços em cunas e euros.[17] A Dinamarca é um caso excecional no tratado original de Maastricht. O país está isento de se juntar à Zona do Euro, a não ser que um voto parlamentar ou referendo decida o contrário. Existe um plano de realizar um referendo popular após realizados trâmites legais relacionados com o Tratado de Lisboa.[18] A Suécia obteve a exceção de facto devido a uma lacuna legal. O país não possui os critérios necessários para a adoção da moeda única. O povo sueco rejeitou o euro através de referendo. Antes que um Estado possa se juntar à Zona Euro, este deve passar dois anos no MTC II (Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio). A 1 de janeiro de 2008, cinco bancos nacionais participaram no mecanismo. Os restantes deveriam juntar-se nos anos seguintes. Os próximos países a aderirem à zona monetária são:
Países fora da UECom acordo formalAlguns países fora da União Europeia aderiram ao Euro. Para uma adoção formal, que implica a possibilidade de fabricar as suas próprias moedas, foi necessário atingir um acordo. Mónaco, São Marino e Vaticano chegaram a um acordo com a União. Antes da adesão, Mónaco tinha como moeda o franco monegasco; e em São Marino e no Vaticano, a moeda oficial era a lira italiana.[19] Os acordos foram também concluídos com os territórios ultramarinos da França: São Pedro e Miquelão, na costa do Canadá. Estes territórios foram autorizados a utilizar o euro, mas não ao cunho nacional.
Sem acordo formalAndorra não tem uma moeda oficial, tendo adotado, antes, o Franco francês e a peseta espanhola como moedas de facto oficiais; e nunca teve acordos formais com a Espanha ou com a França. Desde 1 de julho de 2012, Andorra emite moedas de Euro próprias, para circulação, mantendo-se fora da União Europeia. O acordo monetário, com a União Europeia, foi assinado a 29 de junho de 2011. Todos os anos, irá emitir moedas de euro com a face comum e a face própria de Andorra. Montenegro e o Kosovo usam o euro desde o seu lançamento, tendo anteriormente adotado o marco alemão ao invés do dinar sérvio. O euro tem ajudado na estabilização das economias daqueles países. Outros países estão interessados em aderir ao euro, mas sem serem membros efetivos da UE, tal como a Islândia, onde, segundo uma sondagem, 53% dos inquiridos apoiam a adoção do euro como moeda oficial.[20] Há ainda o caso do Zimbábue, que suspendeu a circulação da sua própria moeda; e entre as várias divisas que substituíram o dólar zimbabuano, encontra-se o euro.
Moedas externas à UE indexadas ao euro
Crise de 2008Crise da dívida pública na Zona EuroNo início de 2010, temores com relação a uma crise da dívida soberana de vários países da Zona Euro, como Grécia, Espanha, Irlanda, Portugal e Itália,[22] levaram a uma crise de confiança e ao consequente aumento dos spreads dos títulos e do seguro para cobertura de risco dos swaps de "credit default" para estes países. Ver tambémReferências
Ligações externasInformation related to Zona Euro |
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