Yume Nikki
Yume Nikki (ゆめにっき, Diário de Sonhos) é um jogo japonês de surrealismo e aventura criado pelo(a) desenvolvedor(a) Kikiyama. O jogador explora os sonhos da protagonista chamada Madotsuki, onde encontra diversas criaturas e elementos de horror surrealistas. Yume Nikki foi criado usando o RPG Maker 2003, mas carece da maioria dos elementos comumente associados a jogos de RPG, como batalha, missões e níveis. O objetivo principal do jogo é coletar itens conhecidos como "efeitos" que concedem a Madotsuki novas habilidades e permitem que o jogador avance para novas áreas, com o jogo terminando após 24 deles terem sido coletados. A versão inicial foi lançada gratuitamente em junho de 2004 com atualizações subsequentes ao longo do tempo, a última ocorrendo em 2007. Apesar de receber pouca atenção inicialmente, conquistou um vários fãs desde seu lançamento e foi citado como influência em outros jogos. O jogo foi posteriormente lançado no Steam pela editora Playism em janeiro de 2018. Um reboot 3D, Yume Nikki: Dream Diary, foi lançado no mês seguinte. Além disso, uma adaptação em mangá e vários fangames inspirados nele também foram lançados. JogabilidadeO jogador controla uma garota chamada Madotsuki (窓付き) em seu apartamento, que é a única área que ela pode explorar quando acordada. Madotsuki balança a cabeça em recusa se o jogador a orienta a sair.[1][2] Depois que Madotsuki adormece, ela começa a sonhar. Os sonhos de Madotsuki são semelhantes ao seu lar, exceto que ela é capaz de sair da sala. Isso leva Madotsuki a um Nexus de 12 portas, cada uma levando a um mundo diferente. Esses 12 mundos, por sua vez, se conectam a uma série de outros mundos, formando uma grande e expansiva área para se explorar. O objetivo do jogo é que Madotsuki navegue nesses mundos surrealistas para obter 24 itens conhecidos como "efeitos".[2] Para concluir o jogo, deve-se soltar todos os efeitos, (pressionar 5 enquanto usando um efeito fará o efeito ser removido de seu inventário e aparecer na forma de um ovo que se pode interagir para ser resgatado) na sala do Nexus. Em seguida deve-se acordar e se dirigir à sacada do quarto do Mundo Real de Madotsuki, onde o jogador poderá subir em uma escada e de lá pular para seu fim. Não há maneira alguma de conseguir um game over no jogo, embora existam inimigos na forma de NPCs que podem teleportar o jogador para áreas inescapáveis, forçando-os a acordar pressionando 9 ou a usar um efeito específico, (Medamaude) para voltar ao Nexus. Lançamento e recepçãoOriginalmente um jogo pouco conhecido que se tornou popular no fórum japonês 2channel, Yume Nikki ganhou seguidores fora do Japão depois que uma tradução não oficial para o inglês foi lançada. O primeiro lançamento público do jogo ocorreu em 26 de junho de 2004, incompleto, como uma prévia de demonstração.[2] Cada versão seguinte, de 0.01 a 0.09, acrescentou novos recursos e conteúdo progressivamente, junto com diversas correções de bugs.[3] A versão mais recente, 0.10, apresentava correções gerais de bugs e foi disponibilizada em 1º de outubro de 2007. O jogo foi posteriormente lançado no Steam pela editora Playism em 10 de janeiro de 2018.[4] O designer de jogos independente Derek Yu criticou positivamente o jogo, comparando seu tema visual com EarthBound e declarando: "A falta de diálogo ou qualquer ação me preenche com essa estranha sensação de pavor". [5] Jenni Lada, da Gamertell, pontuou o jogo em 85 de 100. Ela elogiou a premissa única, o estilo artístico distinto e a jogabilidade abstrata que lembra uma "experiência de mundo dos sonhos". Lada notou a geometria das áreas de sonho, que permitem andar em círculos e prender-se e salas sem saída, descobrindo que isso poderia ser "torturante e confuso". Embora ela tenha alertado que não será do gosto de todos devido às "imagens obscuras ou gráficas" e tenha achado o final decepcionante, ela concluiu que Yume Nikki valia a pena experimentar.[6] John Jackson do Kotaku elogiou o jogo por seu cenário etéreo de sonho e sua mecânica de jogo não linear, afirmando: "De todos os jogos sobre sonhos, este é provavelmente o que mais se aproxima de se parecer com um real". Ele prossegue argumentando que as limitações do jogo e a arquitetura vasta e indefinível força o jogador a questionar seus arredores e o significado das menores ações e eventos que os confrontam.[7] O jogo inspirou um grande número de fangames com um estilo de jogo semelhante, como Yume 2kki e .flow.[8] A estrutura do jogo também foi uma grande influência em Lisa the First, a predecessora de Lisa: The Painful, OneShot e até mesmo Undertale.[9][10][11] Outras mídiasVários produtos baseados no jogo foram lançados sob a marca "Project Yume Nikki".[12] O jogo foi adaptado para um mangá e uma light novel. A light novel é intitulada Yume Nikki: Anata no Yume ni Watashi wa Inai e foi escrita por Akira.[13][14] O mangá foi ilustrado por Hitoshi Tomizawa e publicado em série na revista de mangá online de Takeshobo, intitulada Manga Life Win +, de maio de 2013 a março de 2014.[15] Um álbum de vocaloid, intitulado Yume Nikki no Tame no Waltz foi lançado em 27 de abril de 2013. [16] Uma trilha sonora oficial de dois volumes, com todas as faixas originais do jogo e dez arranjos do grupo doujin INFINITY∞, foi publicada no Japão pela Glaive Music em 31 de agosto de 2014. Uma versão de dois volumes da trilha sonora também foi lançada no iTunes e Amazon Music em 2014.[17][18] Uma versão em aplicativo do minijogo Nasu, encontrado no quarto de Madotsuki, foi lançada para dispositivos iOS e Android em novembro de 2013.[19] Um reboot 3D do jogo, chamado Yume Nikki: Dream Diary, foi lançado para Windows em 23 de fevereiro de 2018. Foi desenvolvido pela Active Gaming Media sob supervisão e cooperação de Kikiyama, apresentando alguns conceitos de design não utilizados do jogo original.[20][21][22] Após uma contagem regressiva de duas semanas, ele foi revelado no site da Kadokawa Corporation seguindo o lançamento do Yume Nikki original no Steam.[2][4] Também foi lançado para Nintendo Switch em 21 de fevereiro de 2019.[23] Referências
Ligações externas
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