Marvila (Lisboa)
Marvila é uma freguesia portuguesa do município de Lisboa, pertencente à Zona Oriental da capital,[1] com 7,12 km² de área[2] e 35 479 habitantes (censo de 2021)[3]. A sua densidade populacional é 4 983 hab./km². DescriçãoO sítio de Marvila, tão velho quanto a fundação da nacionalidade, é dos bairros mais típicos da zona oriental da cidade de Lisboa. Até ao século XIX, sucediam-se agradáveis quintas nesta vasta zona de Lisboa e era grande a fertilidade das terras banhadas pelo Tejo. Era até há pouco tempo uma freguesia essencialmente rural, onde proliferavam as quintas e as hortas. Ainda hoje os exemplos são fáceis de detetar: a Quinta dos Ourives, a da Rosa, a das Flores, a das Amendoeiras, a do Leal, a do Marquês de Abrantes… Estas propriedades eram exploradas, na sua maioria, por gentes originárias do norte do País e abasteciam os mercados ambulantes, espalhados pelo bairro, pela vizinhança e, mais tarde, por toda a Capital. Ao antigo mercado da Praça da Ribeira, a mercadoria chegava transportada por carroças. Essa população originária do norte trouxe muitos dos seus hábitos e costumes, nomeadamente, a Feira da Espiga, que poderá ter origem num costume dos hortelões nortenhos. Mas de zona rural, Marvila transformou-se, com o passar dos anos, em zona urbana de fisionomia bairrista e fabril. Todavia, ainda hoje se vêem vestígios de uma grande atividade hortícola. O palácio do Marquês de Abrantes, na rua de Marvila, ou o da Mitra, na rua do Açúcar, são verdadeiros exemplares dos vários solares que ali foram edificados. Também os monumentos de carácter religioso abundavam, como o antigo Mosteiro de Marvila. No século XX, continuou a instalação de unidades fabris desde a rua do Açúcar até Braço de Prata. São deste período as tanoarias da rua Capitão Leitão e os armazéns de vinhos de Abel Pereira da Fonseca (que, pouco antes de morrer disse a seus descendentes "enquanto o Tejo tiver água, nunca deve faltar vinho a Lisboa"). Hoje, estes armazéns estão transformados em centros culturais. A atual Marvila, freguesia criada pelo Dec.-Lei 42.142 de 7 de fevereiro de 1959, é bem significativa da zona periférica de uma grande cidade europeia em franco crescimento. Beneficiou, consideravelmente, com a realização do grande evento que foi a Expo 98. O seu padroeiro é Santo Agostinho. A Junta de Freguesia de Marvila está sediada na Av. Paulo VI, nº 60, 1950-231 Lisboa. Tem um sítio na Internet e um jornal mensal e gratuito para todos os habitantes de Marvila. DemografiaA população registada nos censos foi:[3]
Criada pelo decreto-lei nº 42.142, de 07/02/1959. Limites alterados pela Lei n.º 56/2012, de 8 de novembro.[6] Património
Ordenação heráldica do brasãoEscudo de Prata, dois perfis de carril negro e uma roda dentada de vermelho; campanha ondada a azul e prata. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com legenda a negro: MARVILA - LISBOA. Os símbolos heráldicos representam: Carril (símbolo que representa os caminhos de ferro um dos pólos de desenvolvimento da freguesia); Roda dentada (significativa da existência de grande número de unidades industriais); Ondeado de duas faixas de azul e uma de prata (referência ao Rio Tejo que banha a freguesia e que foi um dos grandes meios do seu desenvolvimento). Arruamentos![]() A freguesia de Marvila foi uma das mantidas aquando da reorganização administrativa da cidade de Lisboa,[7] sofrendo apenas pequenos ajustes nos limites com as freguesias vizinhas. A freguesia contém 159 arruamentos.[8] São eles:
Notas
PolíticaEleições autárquicas
Referências
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