Começou seus primeiros passos atuando como goleiro do Fluminense Atlético Clube de Niterói, onde se destacou.[1] Com apenas 20 anos já era titular da seleção do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, nos campeonatos entre estados brasileiros. Em uma partida entre Minas e Rio de Janeiro, chamou a atenção dos dirigentes do Atlético Mineiro, mesmo com a goleada de 10x2 para os mineiros.[1] O Galo resolveu investir 80 contos de réis no futebol do goleiro.[1]
Kafunga jogou pelo Clube Atlético Mineiro entre os anos de 1935 a 1954,[2] sendo o atleta que vestiu a camisa do alvinegro durante mais tempo. Foi, durante as décadas de 1930 e 1940, considerado o melhor goleiro de Minas Gerais e um dos melhores do Brasil, tendo diversas atuações destacadas dentro do estado das alterosas e também em partidas interestaduais.[3] Foi fundador e presidente da Associação de Atletas Profissionais de Futebol de Minas.
Despediu-se do Galo em junho de 1954, contra o Sete de Setembro, aos 40 anos.[1][4] Os dados sobre o número de partidas que disputou pelo Atlético são imprecisos, variando de 335[1][5] a mais de 500.[4] Conquistou 11 títulos pelo clube,[5] sendo que em 1937 era o goleiro do time campeão do Campeonato Brasileiro, conquistando o primeiro título nacional do Atlético.[1]
Ele teve uma rápida passagem como técnico do Galo em 1961.[2]
Tornou-se comentarista das Redes Bandeirantes e TV Alterosa (SBT Minas) com frases famosas como "vapt-vupt", "não tem coré-coré", "gol barra limpa",[6] etc..[1][2][4]
Depois mudou seu nome, para concorrer em eleições, para Olavo Leite Kafunga Bastos. Nas eleições municipais ocorridas em 23 de novembro de 1947, Kafunga foi eleito, com a ajuda da torcida do Galo.[7] Vale lembrar que o atleta era um dos futebolistas mais conhecidos de toda Minas Gerais, se destacando por muitos anos como um excelente arqueiro e também fazendo parte da Seleção Mineira. Além de vereador, foi funcionário público da prefeitura, cantor de rádio nas horas vagas e, por breves períodos, treinador e administrador do Galo.[4]