Emilio Conesa
Emilio Conesa (Buenos Aires, 1823 – 1873) foi um militar argentino que se destacou nas guerras civis de seu país e na guerra do Paraguai. BiografiaEra filho de José Antonio Conesa e Eustaquia de Casas, um casal espanhol recém chegado a Buenos Aires, fugindo das desordens do chamado Triênio Liberal.[1] Uniu-se a Juan Lavalle em sua campanha contra Juan Manuel de Rosas em 1840 e fez a suas ordens a campanha ao norte de seu país, participando das batalhas de Quebracho Herrado e Rodeo del Medio. Depois de fugir para o Chile, se exilou em Montevidéu. Foi oficial das forças argentinas na chamada Guerra Grande e por curto tempo combateu em Correntes às ordens do general José María Paz.[1] Combateu sob ordens também de Justo José de Urquiza na batalha de Monte Caseros. Apoiou a revolução do 11 de setembro de 1852 que separou o Estado de Buenos Aires da Confederação Argentina. Durante o cerco de Buenos Aires desse ano e o seguinte comandou alguns batalhões e brevemente foi comandante da ilha Martín García.[1] Em 1856 foi encarregado de repelir a invasão federal de Jerónimo Costa, que tinha sido condenado à morte de antemão por um decreto do governador Pastor Obligado. Derrotou-o na batalha de Villamayor, e negou a rendição aos oficiais e soldados que se entregavam. Ao dia seguinte fuzilou aos poucos prisioneiros que tomou, entre eles ao próprio general Costa, herói da defesa da ilha Martín García anos atrás.[2] Participou numa expedição às fronteiras do sul em 1857, e participou nas batalhas de Sol de Mayo, Cristiano Muerto e Pigüé.[1] Foi o herói da batalha de Cepeda (1859), dado que conseguiu retirar-se com êxito à frente da infantaria e da artilharia após a derrota, salvando-lhe a vida e o prestígio a seu chefe, Bartolomé Mitre, o que lhe valeu a ascensão ao posto de coronel. Reuniu-se com Urquiza preparando o futuro Pacto de San José de Flores.[1] Foi designado interventor na província de San Juan junto com o general Juan Saá, dedicando-se a entorpecer sua tarefa; mas não pôde impedir que este invadisse a província.[3] Ficou a cargo do exército na capital durante a campanha da batalha de Pavón e as campanhas seguintes contra o interior. Dedicou-se à guerra contra os índios por alguns meses, até que foi eleito deputado nacional no ano 1862.[1] Foi promovido a general em 1863, e dirigiu a instalação de uma linha de fortins na região chaquenha, no norte do que atualmente é a província de Santa Fé. Ao iniciar-se a guerra do Paraguai, teve a seu cargo o embarque das tropas para território paraguaio. Teve um papel destacado ao negar-se a retirar suas tropas na batalha de Pehuajó, o que não impediu sua derrota, e em mudança causou um excessivo número de baixas entre suas próprias forças. De todos modos se lhe encarregou organizar a travessia do Exército a território paraguaio por Passo da Pátria, ação que conseguiu ter sucesso. Participou na Batalha do Boqueirão antes de solicitar sua dispensa e regressar a Buenos Aires por razões de saúde.[1] Parcialmente recuperado de suas doenças, foi posto a cargo da fronteira sul da província de Buenos Aires. Estava no sul da província de Córdoba, reorganizando a fronteira contra os indígenas, quando estourou em Cujo a Revolução dos Colorados de fins de 1866; organizou a formação de exércitos no sul de Córdoba, reunindo sucessivos contingentes que lhe enviava Mitre desde o Paraguai, e seu segundo, o general José Miguel Arredondo, os derrotou na decisiva batalha de San Ignacio.[4] Algum tempo depois expulsou da cidade de Córdoba o caudilho Simón Luengo, que tinha derrubado o governador federal Mateo Luque e repôs este no governo.[1] Mas limitou sua ação política em todas as formas possíveis, lhe impediu tomar nenhuma decisão e prendeu a vários de seus colaboradores. Sua atuação causou a renúncia de Luque pouco depois, e pressionou para que fosse substituído por um governador liberal, Félix da Peña.[5] Em 1868 mobilizou o Exército do interior para a província de Santa Fé, com a intenção de repor ao deposto governador mitrista Nicasio Oroño, mas fracassou na tentativa. Nesse mesmo ano foi eleito deputado nacional por Buenos Aires.[1] Ao estourar em Entre Rios a revolução dirigida pelo caudilho federal Ricardo López Jordán foi o chefe de uma das grandes colunas mobilizadas na contramão deste, e conseguiu a primeira vitória importante contra os federais, na batalha de Pontas do Sauce. Mas cedo regressou a Buenos Aires, com sua saúde muito deteriorada e visivelmente envelhecido. Em 1870 voltou a ser eleito deputado nacional e ao ano seguinte presidiu o Comité Argentino, base do que gradualmente converter-se-ia no Partido Autonomista.[1] Faleceu em Buenos Aires em 3 de setembro de 1873.[1] Tem o curioso privilégio de ter três localidades com seu nome na Argentina: General Conesa (Buenos Aires) (Tordillo, Buenos Aires), General Conesa (Rio Negro), e Conesa (San Nicolás, Buenos Aires); um departamento da província de Rio Negro: Conesa; e uma rua na Cidade Autónoma de Buenos Aires, ao longo dos bairros de Saavedra, Núñez, Belgrano e Colegiales.[6] Também existem ruas com o nome de Conesa em outras localidades, como no partido de Lomas de Zamora, província de Buenos Aires, Córdoba e Rosario. Referências
Bibliografia
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