Lesão pulmonar relacionada ao uso de cigarro eletrônico
A lesão pulmonar relacionada ao uso de cigarro eletrônico também conhecida pela sigla EVALI (oriunda do inglês: E-cigarette, or Vaping, product use–Associated Lung Injury) trata-se de diversos tipos de lesões no sistema respiratório, principalmente nos brônquios. Desde 2019 quando os estudos sobre a doença começaram a ser realizados nos Estados Unidos, foram registrados 2558 casos de internações por EVALI e cerca de 60 óbitos pela injúria.[1][2] Até agosto de 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) havia registrado 7 casos da doença no Brasil. Os sintomas da enfermidade variam, porém normalmente incluem tosse seca, falta de ar, náuseas, vômitos, diarreia, febre, perda de peso e fadiga.[3][4] A injúria ocorre principalmente por conta dos sabores adicionados aos cigarros eletrônicos, também conhecidos como juices e a utilização destes dispositivos para a vaporização de ervas como tabaco e maconha que não possuem estudos aprofundados sobre sua vaporização (ao contrário de seu fumo).[1][5] SintomasOs sintomas da injúria podem variar de paciente para paciente. Em geral, tais sintomas estão associados a uma inflamação dos brônquios e alvéolos, sendo os mais comuns:[2][4]
Diagnóstico e tratamentoO diagnóstico é realizado após a analise de sitomas e exclusão de fatores. Normalmente constantando-se a existência de infiltrado alveolar bilateral (vidro fosco) constatado em radiografia, começa-se a investigação médica que necessita de alguns fatores para o diagnóstico. Entre eles, a análise dos sintomas compatíveis com os casos clínicos registrados até os dias atuais, a confissão da utilização de cigarros eletrônicos em um período de 90 dias antes do exame e a exclusão de outros fatores como doenças preexistentes que acabam por gerar sintomas semelhantes.[2][5][6] Ainda não é conhecido um tratamento padrão para a doença e seus tratamentos variam com a gravidade. O início de todo tratamento para a injúria começa com a suspensão do uso de qualquer tipo de aparelho para fumo ou vaporização de nicotina, após isto recomenda-se o acompanhamento médico constante em estado de observação para evitar uma piora no quadro clinico pulmonar. Caso necessário, poderá ser feita a utilização de um aparelho de respiração extra-corpórea (oxigenoterapia) através de mascaras de oxigênio ou entubação, sendo assim necessária uma fisioterapia respiratória para recuperação plena das atividades do pulmão.[1][2][5] CausasSua causa básica é a utilização de cigarros eletrônicos, porém principalmente a composição de seus liquidos. Estes líquidos possuem diversas substâncias como a glicerina e o propilenoglicol, e outros que raramente são descritas em suas embalagens, muitas vezes descritas como "aromatizantes".[2][7] Pela falta de regularmentação das substâncias presentes nos "aromatizantes", diversas essências acabam por conter compostos que tornam-se tóxicos quando vaporizado como o diacetil e o acetado de vitamina E.[4][8][9] Outro risco, é a utilização de cigarros eletrônicos para a vaporização de ervas como o tabaco e a maconha. Ao contrário do ato de fumar, o ato de vaporizar essas ervas possui um efeito ainda desconhecido pela ciência. Para a vaporização de ervas, as mesmas são aquecidas até sua sublimação, causando efeitos diferentes aos causados por seu fumo que não permite a total queima da matéria consumida.[1][2] PrevençãoA prevenção é realizada através da decisão dos pacientes em largarem o vício em nicotina, assim procurando ajuda profissional como psiquiatras e psicólogos. Outra maneira de prevenir a injúria, trata-se da fiscalização pública dos vaporizadores, evitando e proibindo a venda de cigarros eletrônicos que possuam na composição dos seus líquidos o diacetil e o acetado de vitamina E, além da imposição de um limite seguro de nicotina para este tipo de aparelho.[2] Referências
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